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Técnicas Administrativas
Objetivos e Estrutura do Capital

Dependendo de seus objetivos e da maneira como são organizados os bens, o dinheiro e as ações dentro de sua estrutura, as organizações se dividem também em fundações, ONGs, associações, cooperativas e agências reguladoras.

Fundações. Podem ser privadas ou públicas. Em ambos os casos, elas são organizações sem fins lucrativos que têm a função de administrar e cuidar de um determinado patrimônio. Elas são criadas por um ato do Estado ou de uma pessoa física ou entidade privada, que, por doação ou por testamento, institui uma pessoa jurídica autônoma destinada a fins de utilidade pública ou de beneficência, mediante dotação especial de bens. A Fundação Nacional do índio, a Fundação Casa de Rui Barbosa e a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são órgãos públicos que se organizaram como fundações para realizar tarefas específicas.

Já a Fundação Roberto Marinho é uma organização privada, criada, em 1977, por Roberto Marinho, presidente das Organizações Globo. Ele investiu parte de sua fortuna pessoal no desenvolvimento de projetos educacionais, culturais, ambientais e de estímulo à cidadania .

ONGs e OCIPEs. As ONGs (Organizações Não-Governamentais) e as OCIPEs (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público) não têm fins lucrativos e formam o chamado terceiro setor (o Estado é o primeiro setor; as empresas privadas formam o segundo setor).

Tais organizações foram criadas para oferecer; de forma coletiva ou comunitária, serviços básicos como saúde, educação, defesa dos direitos humanos etc. Nos primeiros tempos, eram mantidas por doações feitas por empresas, governo, organizações internacionais ou pessoas físicas. A mão-de-obra era principalmente composta por voluntários que trabalhavam sem remuneração, pelo simples prazer de ajudar.

Com o tempo, algumas dessas organizações cresceram, se profissionalizaram e hoje dão emprego a muitos profissionais .

Cooperativas. São associações de pessoas ou grupos profissionais que se reúnem para trabalhar em uma mesma atividade. Seus membros dividem os custos de administração do negócio e os resultados. Um exemplo são as cooperativas de cuidadores de idosos, existentes em várias grandes cidades brasileiras. Essas cooperativas sondam o mercado e indicam clientes ao cuidador; pagam suas taxas e realizam atividades administrativas.

O cuidador; por sua vez, desconta parte de sua remuneração para a cooperativa à qual está ligado.

Associações. São entidades formadas por um grupo de pessoas que se reúnem com objetivos comuns. Em geral, não têm caráter empresarial nem visam a lucros. Um exemplo são as associações de moradores de um bairro, que se juntam para prestar serviços e cuidar dos interesses da comunidade, buscando melhorar as condições de vida de quem mora no local. Outro exemplo é a Associação Brasileira de Odontologia, que reúne dentistas de todo o Brasil e realiza congressos e troca de informações entre seus membros.

Agências reguladoras. Com a descentralização, a flexibilização dos monopólios estatais e a redução de barreiras à entrada de capital estrangeiro no país, surgiram grandes grupos econômicos interessados em explorar atividades que outrora eram de exclusiva função do Estado, como os serviços de telecomunicações e energia. Como esses serviços são considerados estratégicos, essenciais para o bem comum, o governo criou as agências reguladoras, que devem ditar as normas sob as quais determinadas atividades devem ser desenvolvidas. A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), a Anael (Agência Nacional de Energia Elétrica) e a Anvisa (Associação Nacional de Vigilância Sanitária) são agências reguladoras. A Anael, por exemplo, cria normas para a produção e distribuição de energia elétrica e realiza leilões para a construção de hidrelétricas.
CELSO FREDERICO LAGO
Informática e Administração